Inovação x Crise

Ter um modelo claro de negócio definido e, de preferência, testado, deveria ser, desde sempre, pré-requisito exigido de qualquer empresa, seja on ou offline. Estar ancorado em idéias inovadoras não deveria servir de argumento absoluto para que investidores colocassem dinheiro em empreendimentos que não dissessem de que forma entregariam “o bife”, o retorno do investimento de capital eventualmente recebido, certo? Ou não?


É chegado, finalmente, o fim da “lógica da audiência”?

Bem, provavelmente (ou quase com certeza) não conheceríamos, se assim fosse, empreendimentos como, por exemplo, o YouTube, que recebeu investimento bilionário da Google desde a sua aquisição pelo onipresente todo poderoso da internet mundial e que, hoje, exibe bilhões de vídeos por mês, de todas as espécies, para uma audiência mensal de quase 100 milhões de pessoas.

Não obstante, 2009 se prenuncia na crista da maior crise financeira jamais vista pela geração 2.0 de usuários e empresas dessa fase chamada interativa e colaborativa da web, no Brasil e no mundo.  Falar em estouro de uma pressuposta bolha 2.0 nesse momento de crise, a mim parece raso e mesmo estúpido, mas, seguramente, grandes índices de audiência por si só não são sinônimos de sucesso, do ponto de vista de negócios.

Em tempos bicudos como os que  se prenunciam no horizonte próximo, ou se tem um modelo de negócio sustentável ou “no investment“. Aqueles que chagaram até aqui embalados pelo discurso de que o importante é gerar uma boa base de audiência e “depois a gente vê o que faz com isso” tendem a ter um 2009 tenebroso.

Grandes empresas web ainda sem modelo de negócio definido, como algumas das principais redes nacionais e internacionais de social networking ou o Twitter, por exemplos, têm pela frente gigantescos desafios imediatos à sua sobrevivência. No Brasil, guardando, claro, as devidas proporções, nossas raras startups não deverão ter vida fácil no ano novo, não.

Bem no momento em que grandes editoras, grandes agência e grandes anunciantes em potencial vêm descobrindo as mídias sociais como veículos críveis de publicidade, os modelos de trabalho com essas ferramentas relativamente novas de mídia já deverão ser repensados. O tempo das coisas já não é mais o mesmo…

Tenho relacionamentos de negócios com alguns dos principais grupos de mídias do país e não raro me sinto incomodado com o quanto alguns dos seus principais expoentes ainda pensam com um cabeça 1.0, enquanto já vivemos os primeiros dilemas da economia 2.0 nos segmentos de comunicação, publicidade e marketing.

Não basta apenas que definamos métricas de apuração de reultados (entregas) em mídias sociais; isso é, sim, urgentíssimo e de extrema importância, mas temos, antes, que consolidar modelos operacionais, modelos de negócio mesmo, no mercado de social media, aqui e lá fora do Brasil.

Será a crise algoz da inovação ou, antes, será o contrário?

ResultsON day premia a inovação em 2008

ResultsON day premia a inovação em 2008

No final da semana passada, para muitos a última semana útil do ano de 2008, a revista ResultsON anunciou uma lista com as Top startups brasileiras mais inovadoras de 2008, sob os pontos de vista de 200 empresários, investidores e executivos consultados pela revista recentemente. Diversas das empresas lembradas pelos consultados e listadas nesse ranking se enquadrariam facilmente no grupo daquelas que, penso, têm bons motivos para estarem bem preocupadas em correr com a definição dos seus modelos de negócio, se desejarem sobreviver no curto prazo.

Outras eu destacaria pelo bom posicionamento de mercado e pela clareza e aparente solidez dos seus propósitos realmente inovadores, como a webco, a boo-box, o beezzer, o peabirus, o gengibre. Empresas como as também elencadas RiotPólvoraColméia vêm também merecendo, a meu ver, a projeção e o destaque recebidos, e acredito que se fortalecerão no ano vindouro por terem saído na frente naquilo que se propuzeram a fazer de forma inovadora nos seus mercados.

A Coworkers, como desenvolvedora de inteligência de negócios em mídias sociais para seus parceiros de negócios e como evangelizadora das mídias sociais frente ao mercado anunciante na internet e frente aos grandes grupos de mídia tradicional no Brasil também recebeu destaque  por parte da pesquisa supra mencionada – reconhecimento que nos enche de orgulho no nosso primeiro ano de vida e que reforça nossa crença de que estamos no caminho certo para enfrentar o ano de desafios que se nos apresenta.

2009 promete!

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