No Brasil, cerca de um terço das crianças possuem dispositivo móvel com acesso à web
O acesso a internet caminha a passos largos no mundo inteiro e nem entre os pequenos usuários é diferente. Uma pesquisa da F-Secure realizada em 14 países revela que 31% das crianças brasileiras de até 12 anos pertencentes a famílias com acesso banda larga possuem um dispositivo móvel com acesso à web.
Aa Índia lidera o ranking, com 53% das crianças conectadas via smartphones, seguida pelos Estados Unidos (37%). O Brasil divide com a Espanha a terceira colocação (31%). O Japão, apesar do seu grande desenvolvimento tecnológico, se destaca pelo menor percentual – somente 9% das crianças.
Mas a acessibilidade parece assustar os pais já que, no Brasil, por exemplo, 91% dos entrevistados na pesquisa afirmaram estar muito preocupados em proteger os filhos contra conteúdos inapropriados. O índice é ainda maior em países como Alemanha (96%), Bélgica, Canadá e Finlândia (95%). Já os holandeses são os que menos se preocupam com essa questão (85%).
O vice-presidente de vendas e operações da F-Secure para a América Latina, Ascold Szymanskyj alerta que “é importante que os pais, mães e todos os familiares saibam educar as crianças sobre as ameaças que circulam na internet e esta conscientização deve acontecer desde os primeiros cliques”.
Como as redes sociais também estão muito presente na vida das crianças, esta acaba sendo mais uma “dor de cabeça” para os pais. De acordo com outro levantamento, da Kaspersky Security Network (KSN), os brasileiros são os que mais se preocupam com o acesso de seus filhos a esse tipo de plataforma.
E não é por menos! Desde o início do ano, dados da empresa já mostravam que mais de 20% dos links maliciosos estão hospedados em redes sociais, considerados mais perigosos que sites de pornografia e conteúdo erótico. As redes sociais são responsáveis por 16 milhões de alertas por mês, seguido pelas tentativas de acesso a “software ilegal”, com 14,3 milhões de bloqueios.
“É fundamental os pais estarem seguros com relação ao que seus filhos acessam, pois um único clique pode redirecioná-la para um site com conteúdo nocivo”, ressalta Szymanskyj. Para ele, além de estabelecer limites e explicar o uso correto da navegação, é importante que os pais instalem soluções de controle parental nos dispositivos: “estes aplicativos possibilitam que os pais permitam, ou não, o acesso dos filhos a diversos tipos de sites”.