O que as ferramentas de mídia social têm para serem capazes de levar milhares de pessoas a dedicarem grandes parcelas de tempo para a troca de informações com amigos e familiares? Porque até mesmo corporações gigantescas estão investindo dinheiro e capital intelectual neste segmento?

Claro, nós já sabemos a resposta, mas o fato é que a presença em mídias sociais mais do que divertida, pode ser gratificante, tanto socialmente quanto financeiramente.

Esse é justamente o foco do mais recente estudo da Retrevo Gadgetology – uma empresa norte-americana do meio online dedicada a pesquisas sobre o consumo eletrônico. No levantamento, a Retrevo questionou usuários de mídias sociais sobre quando, onde e quanto tempo eles passam em sites e aplicativos nessas redes.

Mais de mil pessoas responderam o questionário online. A surpresa, ao que tudo indica, ficou por conta de a maioria dos entrevistados terem manifestado certa obsessão por checar seus círculos sociais durante o dia e até mesmo à noite. Abaixo, mais detalhes do estudo.

Mídias sociais ao longo da noite

Não só os fanáticos por social media checam diariamente a movimentação em contas de redes como o Facebook e Twitter. O levantamento indicou que quase metade dos participantes faz um check-in nessas redes já na cama, durante a noite, ou logo que acordam. Naturalmente, os usuários mais jovens tweetam com maior frequência, quando comparados aos de idade superior a 25.

O Twitter matará os telejornais da manhã?

Entre os usuários de mídias sociais, observa-se que quase a metade é tão envolvida com o Facebook e Twitter que a primeira coisa que fazem ao acordar é verificar atualizações nessas ferramentas. Aproximadamente de 16% disseram que esta é a forma como eles obtêm as primeiras “notícias” do dia. Esse comportamento indica que as mídias sociais estão substituindo o “Good Morning America”, referência matinal dos norte-americanos sobre o que acontece no mundo.

Os proprietários de iPhone são mais engajados em mídias sociais?

É impossível não concordar que os proprietários de iPhone pensam diferente. Não sabemos se o dispositivo facilita tanto o acesso a essas ferramentas a ponto de configurar um hábito ou se a personalidade de um dono de iPhone é que é incomum. O fato é que esses usuários obtiveram destaque por serem os mais envolvidos com as mídias sociais. Por conta da mobilidade que o aparelho oferece eles usam o Facebook e o Twitter com mais freqüência e em mais lugares.

Social Media como hábito

Você ainda precisa de mais provas de que a mídia social pode se transformar em hábito? No estudo, 56% dos usuários declararam que necessitam verificar o  Facebook pelo menos uma vez por dia. Ainda mais impressionantes são os quase 12% que buscam atualizações a cada duas horas.

Interrompemos este jantar para uma mensagem importante

Só para completar o quadro, o estudo da Gadgetology pediu aos consumidores para informar como se sentiam sendo interrompidos em vários momentos por uma mensagem eletrônica. Com tantas pessoas que utilizam o serviço a todo o momento, não ficamos surpresos ao ver mais de 40% dos entrevistados disseram não se importar com este tipo de interrupção. De fato, 32% afirmaram que não estava fora de cogitação a redação de uma mensagem no meio de uma refeição, enquanto 7% disseram ainda que verificam mensagens até mesmo durante um momento íntimo.

Conclusão

Não estamos qualificados para declarar que a sociedade passa por uma dependência em relação a mídia social, mas quando quase metade dos seus usuários dizem buscar o Facebook ou Twitter em algum momento da noite ou do dia, é importante considerar esta possibilidade. Outro fato que merece mais atenção é que a mídia social possa ter começado a substituir fontes consideradas convencionais de busca de notícias. Fica o alerta sobre a capacidade de influência do meio e seu poder de atração.

*Com base nos dados divulgados no estudo “Is Social Media a New Addiction?” elaborado pela Retrevo Gadgetology. Todos os gráficos exibidos são de autoria da Retrevo