Apesar da adoção disparada das mídias sociais por parte de usuários comuns e até mesmo por empresas multinacionais e da explosão de “especialistas” neste campo, há ainda uma angústia significativa relacionada ao seu uso.

À seguir, vamos olhar para os principais motivos pelos quais a gestão desses meios não abrange as formas eficazes de canalizar ações e medidas para a geração de resultados quando o assunto é o campo online.

#Você pode me ouvir agora?

Em muitas organizações, os responsáveis pelas mídias sociais possuem pouca experiência e verba reduzida para tocar ações. Assim, acabam com poucos recursos para fazer mídia social e, frequentemente, precisam convencer a administração da empresa de sua eficácia.

O fato é que normalmente as questões relacionadas às mídias sociais vêm atreladas à figura de um evangelizador forte, com compreensão dos objetivos do negócio. Esse é um fator determinante na tomada de decisão de uma organização.

Por conta disso, quando os defensores dessas novas mídias alcançam sucesso nesta primeira barreira e, efetivamente convencem, pode-se dizer que terão como aliada a credibilidade dos gestores da empresa e ainda que isso reverbera na capacidade de comunicação, de agregar valor aos meios de comunicação social da empresa e de tornar mais eficaz o seu gerenciamento.

#E daí?

É importante que os novos profissionais de mídia social abram os olhos, ouvidos e bocas e entendam que muitas vezes não estão ligando todos os pontos entre as atividades online e seus objetivos de negócio.

Note que a administração da organização em que atua ou para quem presta serviço nem sempre é capaz de “pegar para si” a função de tocar ou gerir os perfis sociais. Isso se justifica pela falta de conhecimento técnico das ferramentas, pela dificuldade em estabelecer relacionamento com admiradores na web, escassez de tempo, entre outros motivos.

Contudo, cabe ao especialista, no momento da oferta deste tipo de serviço, fornecer um detalhamento das métricas de trabalho, alertar de que maneira esta nova presença afetará o negócio e realizar um amplo treinamento em toda a organização para tornar pública toda e qualquer implicação desta inserção.

Muitas das figuras mais atuantes em mídia social estão numa espécie de bolha e sua gestão dessas ferramentas está firmemente baseada apenas na realidade financeira do segmento. Entretanto, para se firmar e transformar em cases as ações empreendidas até o momento, terão de começar a traduzir as suas métricas de trabalho em mídia social em tráfego, leads e vendas. Métricas com as quais um executivo é capaz de se relacionar e preocupar-se efetivamente. É isso que vai gerar relevância para o setor e culminar em confiabilidade.

#Distorção

Há uma variedade de razões para uma pessoa ou marca adentar neste universo. E os “experts” possuem justificativas para isso que vão desde “Todo mundo está fazendo” até “não é arriscado fazê-lo”. Neste campo, a culpa e o medo podem ser bons instigadores, mas raramente são motivadores de longo prazo.

A chave é compartilhar exemplos relevantes e destacar claramente as oportunidades no segmento desejado, uma maneira eficaz de começar transversalmente. A apresentação de gráficos de forma aleatória e exemplos de concorrentes, apenas porque os números parecem impressionantes, não podem ser a sua única estratégia.
A definição de objetivos e a determinação dos meios a que o fazer em social media estará subordinado são atitudes iniciais e extremamente importantes. Esta é a base para transformar uma ação em um processo contínuo.

#Um império não surge em um único dia

A resistência ao novo continua sendo um inibidor, principalmente quando o assunto interfere na forma como uma organização vai se comunicar e posicionar. Uma boa maneira de avançar é ancorar suas ações na definição de um objetivo claro e aguçar sua capacidade de ouvir as preocupações do cliente. A boa notícia é que você não está nadando contra a maré, apenas nadando equipado com um colete salva-vidas para se antecipar à câimbra!